sábado, 27 de julho de 2013

Como borboletas

 
Ela jurou que nunca mais falaria com ele. Jurou para si mesma que o esqueceria e que faria das cartas e das fotos uma grande fogueira. Mas os sonhos continuaram... e em um destes sonhos ele pediu que ela não fizesse isso, porque um dia eles estariam juntos novamente...
 
"Por que tem que ser assim?", ela perguntou inconformada.
"Porque precisamos ser responsáveis pelas escolhas que fizemos"...
 
O jeito era seguir a vida, cada um no seu caminho...
 
Pode ser que lá na frente haja um reencontro... e quem sabe o caminho dali para frente seja um só... talvez eles até tenham asas... e possam voar como borboletas.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Dia do amigo


Quando a gente combinou o dia, eu nem lembrei que seria dia do amigo. Nós não lembramos. Mas a gente combinou e no dia 20 a gente estava lá. Nós e a mulherada toda. Fruto da nossa velha amizade que já dura mais de vinte anos. Foi emocionante o reencontro, as meninas que eu guardei no coração, com as cartas cheias de desenhos e sonhos e as fotos de uma adolescência tão feliz... E mesmo que eu tenha esquecido o violão, ou as canções que a gente mais gostava, não importa. Ainda estamos juntas.
Durante todos estes anos, a gente nunca se separou. Nos melhores e nos piores momentos. E não houve distância que mudasse isso. Ver você grávida é ver parir em nós todos os sonhos que sonhamos em forma de mantas e sapatinhos de tricô. Aquela vidinha que planejamos um dia, falando dos nossos amores e da vida que queríamos formar. Não que a gente quisesse só casar na vida. A gente queria muito mais. Mas era inevitável sonhar com o "Já pensou nossos filhos amigos?!". Embora eu tenha sido mãe antes e meus filhotes já estejam grandinhos, ainda assim estamos todos juntos. O Thiago se escondendo debaixo da sua cama, as coisinhas do Heitor me emocionando, as suas cartas na gaveta do Luis Felipe...
E ainda assim a distância é curta. E a gente entende que viemos de outras vidas, nós, sempre juntas. E é assim que eu quero estar, pra sempre!!!
(Ops, eu não estou na foto!! mas como poderia??? Quem faria a foto?! rsrsrs)
Alice Xavier

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Fotografia: como tudo começou!

Quando eu era criança, minha mãe adorava nos fotografar. Naquele tempo, financeiramente, era difícil revelar os filmes, mas guardamos com carinho muitos momentos mágicos do seu olhar registrados em pequenas fotos. A máquina, uma Yashica, era como um objeto proibido, era linda e como eu a desejava. Mas ela estava sempre escondida na parte mais alta do guarda roupa.

Meu tio era fotógrafo em São Paulo e eu era fascinada pelo processo de revelação. Aos treze anos, ele me presenteou com uma máquina, compacta analógica. Talvez eu nunca tenha lhe dito que este foi um dos melhores presentes que recebi na minha vida. Naquela pequena máquina, eu podia dizer ao mundo de como eu via as coisas e as pessoas... eu fazia arte e não sabia. Fotografei amigos e pessoas que eu amo até hoje. Pessoas que nunca mais eu vi e sinto saudades.

Uma vez, eu conheci uma pessoa em Salvador, mas eu sabia que nunca mais a encontraria. Fotografei-a. Era o único jeito de eu leva-la comigo, pra sempre. Mas quando eu mandei revelar o filme, as fotos estavam todas perdidas. Eu tive que me contentar com a minha própria memória e, mesmo que o tempo tenha passado e a gente tenha se esquecido, eu guardei aqueles momentos pra eternidade.

Com o passar do tempo, é claro, eu continuei a conhecer pessoas. Todas elas especiais de alguma forma. Uma por uma eu fotografei. Estão nas páginas dos meus álbuns antigos e, inevitavelmente, na memória e no coração.

Fotografar profissionalmente, sempre foi um sonho. E hoje eu o realizo, aprendendo todos os dias sobre essa nova arte, praticando com prazer a minha nova paixão. E deixo aqui registrado o quanto estou feliz por fazer o que eu amo, por fazer arte, por deixar no mundo um pouco do meu olhar.
 
Obs.: A velha Yashica hoje é minha. Presente da minha mãe.

Veja os links a seguir: