Cansei de escrever poesia nesse fim de ano tão sem rima
a poesia da vida que hora ou outra me fazia postar
até os desenganos
o desespero da carne
do vinho branco
embriagado sobre a mesa
ou sobre a pele
em noites tão claras de lua cheia
Cansei de falar de amor
de dor
de cansaço e de agonia
da memória da infância tão fácil
Cansei daquele sonho salutar e,
ao mesmo tempo,
insano
fatigando nos meus olhos
a crueldade do destino
sobre a realidade do agora
e a vontade de ser aquele sonho
a minha verdade
absoluta
O tempo é de fogo
e o fogo queima sem pena alguma
é preciso fôlego
e água
pra ressurgir das chamas
pois até o pranto se findou...
todavia,
prossigo purificada
e embora,
afrontada pelas lutas,
sigo com as mãos vazias
entregues à esperança.
Lindo poema. Também estou nesse espírito de fim de ano: cansaços e esperanças. Que 2012 seja poesia!
ResponderExcluir