quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Sente o cheiro!

 
Quer melhor coisa na vida do que ser bem tratado??? Hoje foi assim... não é coisa de marido lindo não, nem de filho querendo ganhar alguma coisa... Hoje foi diferente: muito talento e profissionalismo! Não tenho palavras pra agradecer pelo carinho e pela qualidade daquele almoço tão gostoso, servido com tanto amor pela minha amiga nutricionista Carol Morais. São pessoas assim que deixam a vida da gente mais doce e feliz!!
 
 

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Poeminha pra Marcelo Jeneci


Eu ficava contando as horas
pra ver você chegar
Eu ficava tentando inventar uma música
ou tentava um desenho
que contasse um pouco do meu coração
Perdi a noção do tempo
pedindo às estrelas
um pouco de luz pra te ofertar
Mas você não veio
ficou por aí
cantando felicidades
embalando sonhos e casamentos
cada vez mais amado
Mas um dia,
dar-te-ei
o meu amor
dia a dia, lado a lado,
e tomarei café com leite
de rosas
ao seu lado
entre borboletas...
desculpe essa tempestade emocional
mas estou aqui tão longe
no meu quarto de dormir
e eu gostaria te pedir
que pense duas vezes
antes de esquecer...
porque nós somos feitos pra acabar!

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Última homenagem à minha avó Raminha

 
Este texto foi minha última homenagem à minha avó querida, Raminha, que partiu no último dia 14 de setembro. Foi lido por mim, no seu velório e eu compartilho com todos, como forma de agradecimento pelas mensagens de carinho e amor; e para que todos se lembrem dela em suas orações e vibrações de paz e luz!
 
           Não é fácil dizer-te essas palavras. Não são as últimas, porque não é assim que compreendo a vida. Não são de despedida, porque sei que um dia nós estaremos juntas novamente... e não são lamentações, porque eu sei o quanto a senhora está bem neste momento, vivenciando a misericórdia divina.
           No entanto... é importante que eu diga e que deixe na memória de todos que estão presentes um pouco do meu sentimento de gratidão e alegria por ter convivido com você, pessoinha tão especial. Não convivi o quanto eu queria ou o quanto desejávamos, porque a vida tem dessas coisas... de nos levar pra caminhos distantes... Mas, o mistério da vida também tende a nos unir, seja pelo pensamento ou pelo coração, onde não há lugar para o esquecimento ou para o luto eterno.
          Como eu quis ter estado mais ao seu lado, ter cuidado mais de você, mas a gente costuma deixar que as obrigações corriqueiras ocupem o tempo da gente. O tempo de ser gente, de ser filhos e netos. Como eu quis ter acostumado mais ao seu colo e aos seus cuidados... às tuas histórias e benzições. Ter caminhado mais de mãos dadas às suas, frequentado as festas que você gostava, aprendido um pouco dos teus talentos...
          Mas nós tivemos sim os nossos momentos, as nossas conversas, nosso tempo de oração e cuidado. Só nós sabemos do amor que sentimos, do carinho que trocamos... E é por isso que eu te agradeço, por ter sido vó. Por ter cuidado com carinho desses filhos e netos tão amados e admirados por nós, por ter ensinado aos irmãos, aos primos, aos sobrinhos e aos amigos a arte da fé, da esperança, do seguir adiante quando a gente começa a tropeçar pelas pedras do caminho. Obrigada principalmente por ter me ensinado, quando na minha admiração por você, eu pude compreender o quanto é importante saber viver.
           E eu sempre quis te perguntar... !Que força era essa, vó Raminha? Que força era essa??
          Veja, vó, quanta gente, quanto amor aqui pra você. Quanta demonstração linda de amizade sincera. Não deve ser fácil se desapegar de tudo e de todos, mas o caminho te espera e um dia, com certeza, nós estaremos todos juntos novamente. Leva de nós esse amor sincero, a nossa oração e a nossa vibração de paz; a nossa gratidão pela sua amizade, pelo seu carinho, pelo seu amor. Que a gente aprenda, mais uma vez com você, a levantar a cabeça e a segurar na mão de Deus!
          Que e as lágrimas, nesse momento, sejam apenas de saudade e que, nesse momento, com força e tranquilidade, a gente possa vibrar somente paz, amor e muita luz. 
          Obrigada, muito obrigada!
 
Alice Xavier

domingo, 5 de agosto de 2012

Koyaanisqatsi

Eu poderia me perder entre as tardes e as sombras, tomando banho de verdes tons no bosque da minha alma. E por lá me isolar dos sonhos e das cores que me consolam à noite, porque o consolo do sonho nos trai constantemente... ao acordar, a realidade é diferente. Ausentam-se a paz e a graça do sonho, as cortinas brancas que se abrem para o céu e aquela pessoa tão distante, de repente tão perto...
Eu queria poder descansar... lavar o meu corpo com o sal virgem do mar e me perfumar com ervas finas do campo sem que as arrancassem da terra. Ter o sol a me secar e as sementes certas pra eu plantar em volta de mim.
Eu queria não ver ninguém, se não Deus me vigiando sentado sobre a pedra e sua luz enorme dizendo pra mim que vai ficar tudo bem. E que as vozes dos pássaros fossem feitas pra mim e cantassem as mesmas músicas que ouvi quando criança e não me lembro mais, porque a vida também trai, quando entrega o tempo pra fazer esquecer e a saudade como misericórdia.
Depois de me perder, de repente encontrar as manhãs, e junto do sol, encontrar o orvalho das plantas, e não sentir mais sede e nem fome de nada, porque no silêncio do despertar do mundo, quando as preces dos homens comungam entre si, eu estaria saciada de mim mesma.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Bouquet of clumsy words...


Depois de tantos anos, de ter perdido tanto, de ter sonhado... Depois de tanto beijo, de ter amado tanto, chorado... depois de tudo tudo tudo... ainda me pergunto, quem restou? e o que restou? Meu travesseiro já tão gasto... pesaram sobre ele meus pensamentos, minha energia carregada, minhas lágrimas... roubaram minha vontade de ser feliz, de rir mais, de amar somente. Pensei que tinha feito amigos e eles nem se lembraram de mim. Pensei que era amada e o coração daquela pessoa não batia por mim. Jurei que era uma mulher bonita, mas rasgaram a minha fotografia. Não me convidaram para aquele casamento, não me chamaram pra sair... quem restou? e o que restou? Quem são meus amigos? quem me ama daquele jeito que eu sonhei um dia? No que me tornei, enfim? Perdi os amigos, perdi os amores antigos, perdi a memória. Perdi as cartas, as fotos, as lembrançinhas... joguei tudo fora junto com os cadernos velhos da faculdade, joguei no lixo até as canções que eu fazia e até as poesias. De que serviram? Quem se lembrará daquele dia?? Ninguém se lembrará. Ninguém. Ninguém...

segunda-feira, 9 de julho de 2012






Genteeee
agora vocês também poderão ler meus textos na Revista Ella.
Espero que gostem!
Bjoooo!
www.revistaella.com.br

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Pesadelo


Queria permanecer em silêncio quando o grito no meu ouvido soa como faca cortante sobre a minha pele. Queria não saber gritar e ser passiva diante do instante de agonia que me foi conferida... por você? Ou foi pela loucura? Ou se não é loucura, o que é? Desejo? Tristeza em demasia? Queria saber não me importar com os seus sentimentos quando o que te fere faz também você querer ferir... queria saber perdoar. No entanto, eu também grito, e o sangue escorre do teu peito como tinta a cobrir meu rosto de vermelho e as lágrimas são sangue e o sangue é salgado como lágrimas... e o que me fere faz querer ferir a quem eu amo... Ou não amo? E tudo isso é loucura, desejo ou tristeza em demasia? E por que na noite está assim? Extremamente fria? Queria que você se importasse... Perdoa-me.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Pessoas Especiais

    Havia dois anos que eles não se viam. Cresceram juntos naquela escola. Eram melhores amigos. Nada mais além disso. Eles andavam de mãos dadas, torciam juntos nas gincanas, se abraçavam e choravam juntos sem medo ou vergonha de se emocionarem, porque às vezes, sentiam alegria demais, outras vezes, solidão.
    Fernando mudou de escola e nunca mais viu Jojô. Ele, sempre bem arrumado e ela, desconhecia os cuidados maternos. Ele sempre mais calmo, ela mais agitada. No entanto, Jojô se fechou. Não era mais a mesma menina. Não conversava com ninguém, não fizera amigos como Fernando. Tinha engordado muito e a pele estava tomada de espinhas. 
     Um dia, Fernando apareceu no meio da minha aula, na porta da sala. Como foi bom revê-lo:
     _ Fernando, que bom que você está aqui, que saudade!!!
     _ A Jojô está aí?
     _ Sim. Mas dormiu naquela carteira. Vai lá ver se ela acorda!
     Ele foi. Deu um toque na mesa e ela fez que não gostou. Ele bateu de novo e ela reclamou sem olhar quem é que estava batendo. Devia estar sonhando um sonho bom. Ele insistiu mais uma duas vezes  e disse:
     _ Sou eu, o Fernando!!
     Ela levantou a cabeça, esfregou os olhos e não o enxergou. Pegou os óculos e quando o viu, chorou. E eu também chorei. Eles se abraçaram com tanta pureza e alegria que tive que esconder meus olhos dos outros alunos. Mas a turma aplaudia aquele gesto tão espontâneo, a saudade, enfim, assassinada:
     _ Como você está bonita! Como você cresceu! Que roupa bonita! E o seu cabelo então... que bota linda que você está usando!
     Jojô não disse nada. Pegou a mão de Nando e os dois saíram para o recreio, abraçadinhos, como nos velhos tempos.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Palavras Encantadas


Há um certo encantamento nas palavras que ouço. Não são as suas palavras, ditas a todo instante, sob os meus ouvidos. Não são as palavras do mundo que ouço. Eu falo das palavras que vêm não sei de onde, das cortinas abertas para o clarão do sol, quando de madrugada ele tende a iluminar. Elas vêm de dentro quando parece que a loucura ou a confusão dos sentidos me parecem aguçar. Vejo o que não existe, sinto cheiro de coisa que não há...
Ouço palavras como muriçocas a zumbir exacerbadas ou como os espíritos a ditar cartas dulcificadoras. Essa incoerência de manifestações cruzam o meu entendimento, e impreterivelmente, preciso de papel e lápis, ou de um computador. E as palavras, finalmente, escritas, são como alívio para minha mente, tão confusa às vezes. Essa que comunga diariamente com a minha vontade de fazer mais do que posso ou de entender a vida, mais do que ela pode ser.
Há um certo encantamento nas palavras que escrevo. Não são as minhas palavras, ditas a todo instante, sob os seus ouvidos e nem as palavras do mundo. E eu não as conheço. A elas, sou apresentada no mesmo instante em que elas nascem, em que se formam, como balão a se encher de ar ou como estrela a jorrar no céu em constelação. Misturam-se tantas vezes entre os ramos das árvores e os bicos dos pássaros, a chuva e o barulho do trovão. Deixo, no entanto, que se entreguem ao fogo dos meus desejos e, metamorfoseando-se em breves caminhos, vão rumo às mentes, que como as minhas, sentem fome de palavras.
Há um certo encantamento nas palavras. As palavras não me são. Eu é que me faço delas, vez ou outra, pra iluminar minha escuridão.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

DOMINÓ


Todos os dias, logo de manhã, jogo dominó e o jogo da memória. Não, eu ainda não envelheci e não me tornei aquela velhinha simpática que vai pro banco da praça todas as manhãs alimentar os pássaros e jogar dominó com algum companheiro. Também não sou daquelas que não tem nada pra fazer, já que não me faltam roupas pra lavar, brinquedos pra juntar e almoço pra fazer. Sem falar na minha dissertação de mestrado prestes a se terminar, entre as horas picadas que tenho durante a semana. É o meu filho Thiago que me contratou pra jogar com ele diariamente sem dias de folga, domingo ou feriado.  Também não tenho o direito de começar o jogo, embora eu possa ganhar de vez em quando. Cabe a mim embaralhar o jogo e a ele, distribuir as peças, lembrando que a figura da onça, na peça do dominó, é sempre dele. E no jogo da memória, vocês já devem imaginar de quem é a "memória de elefante", não é? (No entanto, confesso que a minha anda melhorando depois de tanto exercício.) Depois do jogo, aí sim eu posso fazer o que quiser. Quanto ele me paga? Boas gargalhadas e um dia inteiro de alegria e satisfação! Não tem como querer coisa melhor! Ainda mais porque arrumar a casa, trabalhar e escrever dissertação não são coisas assim tão agradáveis, ou são?
Alice Xavier

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Amanhã Talvez!!!!

Já disseram que somos poucos, que somos fracos e bandoleiros!
Já disseram que falamos errado, que não sabemos ensinar e nem protestar!
Vestimos sacos de lixo, nariz de palhaço ou máscaras Guy Fawkes
Colamos adesivos nos carros, gritamos, buzinamos,
brigamos, pulamos, debaixo de sol ou de chuva, cantamos!
Levamos vassouras debaixo do braço
soltamos o verbo nas redes sociais
recortamos notícias, charges, caricaturas
provas de um crime tão organizado
estampamos no peito, twittamos, mobilizamos
Tantos papéis também jogados no lixo
frutos de um jornalismo hipócrita
da mídia vendida por quase nada
Choramos
Levamos porrada
Arrancaram de nós a titularidade
o salário
o pouco que a gente tinha
noites sem dormir com a cabeça nos livros
quando a gente queria mudar o mundo
Tentaram tirar de nós a dignidade
o sonho de ser melhor
enganaram o povo
quando jamais a nós mesmos
porque não somos vis
nem ignorantes
não comemos carne de segunda a sexta
nem devoramos humanos na tentativa de sermos grandes!
Já disseram no entanto que nos calarão
Mas nem com ponta de faca ameaçando a língua
Vamos nos vestir de preto
de verde e amarelo
escancarar os rostos de cidadania
Nós vamos até o fim
e vamos dar o velho grito da liberdade
da ressurreição
da ousadia sobre a nova ditadura
Vamos abater o rei
triunfar na guerra;
Fazer ver os cegos,
ouvir os surdos,
andar os paralíticos dessa sociedade tão mesquinha
que embora finjam não compreender
vibram pra que sejamos todos iguais
um dia
amanhã talvez!
#ForaMarconi !
Alice Xavier

domingo, 8 de abril de 2012

Sarau

Ó Noite afável, quando à luz da lua e velas
recitam os amigos poesias belas:
Baudalaire, Quintana, Cora Coralina, Pessoa
Pablo Neruda, Florbela Espanca,
e o violão e o violino soam
como se entrelçados aos versos
lua e alma cheias
no vinho,
os olhos e o coração imersos
Cantar somente jamais o coração perdoa
mas se prender nas letras
como à água boa
como se somente o vento nas folhas das árvores
fizesse o fundo para a poesia
ah, de amor a gente se entorpecia
chorar, gritar, ranger os dentes
ouvir
aplaudir
polir os antigos sonhos
as almas mortas
as lembranças de outrora
a vida em metáfora
tudo tão permitido
tão pertinente
Quando a lua já tão longe
a noite inopinada,
hodiernas palavras:
Lian, Julia, Georgia, Diane
Julia, Fernando, Guilherme, Leo
Apolo...
confundem os sonhos
emocionam os amigos
se confirmam poetas.
Alice Xavier

quinta-feira, 15 de março de 2012

Nascida em 15 de Março

Na minha tenra infância, quando aprendi a responder que dia era o meu aniversário, começei a achar ótimo ter nascido no começo do ano, a primeira em casa a ter bolo e guaraná, muito doce e parabéns!!! Lembro da minha avó dizendo, como se isso fosse uma vantagem colossal, que eu tinha nascido no dia da posse de Figueiredo - o último general a presidir o Brasil, cujo governo aboliu o sistema bipartidário, realizou a anistia política dos militares e perseguidos políticos e assolou o país em dívidas. Por algum tempo, quando as posses dos governantes aconteciam no dia quinze de março, era comum encontrar as pessoas sentadas de frente pra televisão, para assistir o "grande" acontecimento, para só depois me cantarem os parabéns.
Na adolescência, nascer em março significava pra mim ser do signo de peixes: a famosa menina sensível e sonhadora (Alice, por natureza) que chorava por qualquer coisa e se entregava facilmente às inúmeras paixões colegiais; sofria por dias, escrevendo poesias e criando altares para o misticismo. Que menino queria namorar uma menina que parecia querer casar no próximo dia? Culpa do zodíaco, eu pensava. Mas com o tempo, eu percebi que a sensibilidade em mim se firmava como qualidade. Através dela, eu podia escrever, desenhar, pintar, cantar... podia fazer amigos facilmente e amar o outro com demasiada ternura e compaixão.
Eu ria incessantemente; Eu acreditava na natureza, no cosmos e no amor. Com o tempo, eu atraía gente e ter gente por perto tornou-se uma de minhas características, porque através dela, eu formava rodinhas de violão pra cantar Raul Seixas, Marisa Monte, Engenheiros do Havaí e Legião Urbana. No entanto, eu tinha meus momentos de solidão, em que eu deitava no chão do meu quarto e viajava, literalmente, ouvindo Jim Morrison, Jimi Hendrix e Janis Joplin. Chorava cantando, sem saber por quê... Tornava-me hippie por essência, admiradora do woodstock e das causas sociais, costurando em mim o lema da paz e do amor. Entretanto, que incoerência - a gente parece mesmo ser feita de contradições - eu era impulsiva e explosiva: ai de quem me atrapalhasse, ou risse de mim. O meu gênio furioso deixava transparecer uma das características negativas da minha ascendência em touro, o rancor.
Hoje não digo que mudei, mas, felizmente, amadureci. Todos esses sentimentos fizeram de mim uma mulher como as outras, independente de signos, ascendências e superstições. Isso me fez lembrar agora daquela música que eu amo "São as águas de março fechando o verão...", anunciando sempre um novo dia, um novo ano, um novo ciclo, pois clama em mim o desejo de amar e de viver intensamente, tocar o mistério, compreender as imperfeições, declarar o "carpe diem"!
Dizem os calendários que o dia quinze de março é o dia da escola e do consumidor. Coincidência ou não, eu me tornei professora e uma boa consumista nas horas de depressão. Pensando assim, bem que esse dia podia ser o dia da riqueza e da sabedoria, mas vale mais o reconhecimento do meu filho Luis Felipe, que declarou o dia quinze de março como o "dia de Alice"! Já que, segundo ele, o "dia da melhor mãe do mundo"! Bem que eu gostaria de merecer esse título, mas vindo de alguém que amo incondicionalmente, já valeu ter nascido neste mundo, independente do dia!
Alice Xavier

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Borboletas Quando Choram


Ela não conseguia dormir aquela noite. O vazio voltara a incomodá-la. Tinha coisas na vida que não tinha como mudar: as escolhas e suas eternas responsabilidades...

Virou o travesseiro por diversas vezes. Tentou telepatia e pediu que ele a visitasse em seus sonhos. Mas o sono não vinha. Deitou pra baixo, pra cima, tirou o lençol, se cobriu novamente... Até que apagou, deitada no chão, sobre um travesseiro.
E ele veio. Mais uma vez, atendendo ao seu pedido. Nunca escondeu o seu amor. O mesmo olhar... Dormiu com ela, mas sem tocá-la. Mais uma vez ele chorou. Ela também, mas não disse nada, porque prometeu respeitá-lo.
Antes de ir embora, ele deu um beijo rápido em sua boca e uma borboleta sobrevoou os dois.
Ela levantou-se do chão e gemeu de dores nas costas. Correu para o computador e olhou a caixa de e-mails. Mais uma vez, ele pedia pra que ela se afastasse. Na noite anterior, ela tinha deixado uma mensagem de carinho.
Ela suspirou... quis dormir novamente, mas se lembrou do beijo...
Sim, aquele beijo tinha o poder mágico do despertar.
E ela acordou para sempre.