quinta-feira, 8 de abril de 2010

Os milagres de Chico Xavier



Quando eu era criança, tinha o sonho de conhecer Chico Xavier. Diziam, ele era iluminado. Há alguns metros de sua casa, já se podia sentir sua paz, uma emoção forte, cheiro suave de flor. Era a casa da caridade. Da doação plena. Da esperança de muitos, do consolo.
Até que um dia ele morreu. Ninguém estava pensando nele ou que aquela seria sua hora. Estávamos todos felizes, comemorando a vitória da Copa de 2002. No entanto, que despedida!!! Céu em flor! Assim como ele ensinava aos que perdiam seus entes queridos, lágrimas de esperança. Nenhuma revolta ou desespero. Era uma notícia feliz saber que Chico Xavier retornava ao seu verdadeiro mundo, para descansar seu corpo físico, mas para continuar, de certa forma, com seu trabalho de luz, no plano espirtual.
Mesmo aqueles que não acreditavam em suas palavras, puderam sentir a força das mesmas sobre cartas psicografadas de tantos filhos nas mãos de suas mães desesperadas, puderam sentir a bondade em seus olhos, a esperança nas diversas mensagens deixadas ao vento, nos livros, nas orações infinitas.
Houve aqueles que zombaram, que maltrataram, discriminaram, ofenderam... tudo em nome do mesmo Deus. Mas Chico continuava com o mesmo sorriso, o mesmo olhar humilde, a mesma disciplina, cumprindo com seu único propósito de fazer o bem, o verdadeiro bem.
Há alguns anos, li o livro "As vidas de Chico Xavier", de Marcel Souto, e fiquei maravilhada. Não conhecia nada sobre a vida de Chico Xavier e me emocionei com toda sua história. Que dom! Que sabedoria divina! E a gente que pensa que não há pessoas assim no mundo em que vivemos. Quão bom é acreditar nisso, acreditar no bem, nas possibilidades grandiosas da caridade e do amor.
Assistir ao filme "Chico Xavier" foi como realizar meu antigo sonho. Sim, eu estive perto dele e senti tudo o que eu, um dia, quis sentir. Uma paz maravilhosa (e até estranha) me envolveu. Era como se aquela sala de cinema estivesse iluminada. Tinha cheiro de flor. Os olhos de quem saíam, depois das luzes acesas, eram cobertos de lágrimas. As lágrimas da esperança. Homens e mulheres sentiram. E eu fiquei com a certeza daquela presença amável, que a vida inteira me tocou e me ensinou com palavras tão, divinamente, sábias.
Se eu sou espírita? Não, sou católica. Mas crente, e grata a Deus (pelas), nas verdadeiras presenças de luz e paz no mundo em que vivemos.
"Salve Chico!"

Alice Xavier

Um comentário:

  1. Não conheço nada sobre ele, mas tenho muita curiosidade. Este texto me deu mais vontade de assistir ao filme! Beijos!

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