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segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Não consigo escrever eu mesma
Porque não encontro palavras
Nessa imensidão de vida que me sustenta.
Impossível traduzir os sonhos
devaneios a me atordoar
ou a me acordar como vento
e poeira nos olhos.
Sempre às gargalhadas
Danço sozinha pela casa
Ou choro a solidão desconhecida.
Espero a chegada dos meninos
A beleza juvenil saltando pelos olhos
Os risos de conversas masculinas
As histórias sem fim.
Nas paredes da casa
Além da marca das mãos dos pequenos
e do perfume deixado por eles
há a certeza indescritível da alegria
da ânsia pela paz e do consolo divino
imaculado pela língua do mundo.
E a casa nos acolhe como o sol
a abraçar o mundo
Num tempo só nosso e infinito
Os meninos cantam
as suas próprias canções
Beijam-me até o adormecer
Arrancam de mim a incerteza da vida
E eu renasço todos os dias
Sob teus lençóis
Alice Xavier
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Que foto linda! Que texto lindo!
ResponderExcluirParabéns Flor...
Olha só, fiz um fotoblog: http://fleshspriscillamarfori.blogspot.com/
Gostaria de te-la como amiga lá também!
B-Jos.
Realmente: foto linda, texto lindo, meninos lindos!
ResponderExcluirA última estrofe está gravada nas paredes da minha casa.
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